sábado, 8 de agosto de 2020

 Solidão. Dela me esquivo através de pessoas, saídas despretensiosas, olhadas compulsivas em redes sociais. Mas ela está aqui no meu cangote, soprando no meu ouvido que não tem como fugir. Eu preciso encará-la, afinal, se ela existe deve ter algum motivo, talvez seja para ensinar que encarar a si mesmo quando não tem ninguém por perto é algo extremamente transformador, angustiante também. É uma sensação de querer sair correndo de dentro de mim, fazer algo que me traga conforto instantâneo, mas é nesse desconforto que está a mudança. Está sendo bem intensa essa auto-convivência, tenho que olhar para toda essa carência, todo esse medo de rejeição que, em nome de uma sensação de acolhimento, aceita passar por situações desnecessárias.

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