sábado, 8 de agosto de 2020

 Somos corpos reais com direito a existir da maneira que são, da maneira que foram moldados para vir ao mundo, Com barriga inchada, mancha de pele, peito caído, buceta escura. Mil formas de existir, desnudas do padrão estético hermeticamente planejado pra fuder nossas cabeças e prender nossas almas, pra fazer com que passemos a vida toda correndo atrás de algo inalcançável e nos odiando, é que ódio dá lucro e cabeças fudidas não produzem.O maior medo deles é esse: ver a gente produzindo, fazendo algo além do que buscar ser bonita, já somos só pela força que temos. Temos a beleza do gestar, do parir e do gemer, do ovular e enlouquecer em meio ao turbilhão de ser mulher. Somos micropedaços da Grande Mãe que, juntas, mudaremos o mundo.

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